O samba genuinamente preto
Fina flor, jardim do gueto
Me embala, oh! Mãe, no colo da saudade
Pra fazer da identidade nosso livro aberto
Omotunde, vim do ventre do amor
Omotunde, pois assim me batizou
Alma de Jeje e a justiça de Xangô
O teu exemplo me faz vencedor
Sagrado feminino ensinamento
Feito águia corta o tempo
Inspiração a flor da pele preta
No azul que reina Iemanjá
Essa luz que brilha em mim
Nasci quilombo e cresci favela!
Essa luz que brilha em mim
Nasci quilombo e cresci favela!
E mão que acolhe outra mão, macumba!
No meu alguidar tem dendê
O sangue que corre na veia e malê!
Em cada prece, em cada sonho, nega
Eu te sinto, nega, seja onde for
Em cada canto, em cada sonho, nego
Eu te cuido, nego cá de onde estou
Saravá Kehinde! Teu nome vive!
Teu povo é livre! Teu filho venceu, mulher!
Em cada um nós, derrame seu axé!
WRITERS
Andre do Posto Sete, Bira Bira, Helio Porto, Jefferson Oliveira, Rafael do Amaral Rocha, Ubirajara Marques, Vinicius Ferreira, Wanderley Monteiro