Xangô mandou dizer que aqui será o que eu não sei dizer,

Tudo que pode acontecer, na estrela azul que um dia brilhou e flutuou no céu.

No céu, no Sol, no mar, no espelho dos caminhos livres,

Das manhãs que eu vou cantar,

Que é pra dizer tudo o que foi, tudo o que é, tudo o que pode ser ou tudo o que será.

Depois que aconteceu voltou pro mesmo lugar em que começou,

E a nuvem branca que passou no céu, voou pra imensidão do mar,

Brilhou na amplidão do olhar, se transformou nessa canção.

Se assim é o que pode ser, então assim será,

E a estrela branca vai brilhar ao amanhecer, iluminando o mar,

Mudando a dimensão do olhar, pra transformar o ser.

Pois tudo acontecer,

Na estrela azul que flutuou no céu,

Na nuvem branca que voou pro mar,

No céu, no Sol, ao entardecer,

Xangô que me mandou dizer,

Se transformou nessa canção,

Que iluminou a amplidão do mar,

Brilhou na imensidão do olhar...

No azul da estrela que virá brilhar no céu e acontecer.

No azul da estrela que virá brilhar no mar ao amanhecer...