No tranco bueno do mouro monarca,
Vôo de garça pelo varzedo
Rangir de basto, cheiro de pasto
Levo de arrasto os meus segredos...
Meus segredos são tão simples, e tão meus...
São templados de boas vindas, e de adeus...
Quando um sonho busca a volta e alça a perna
A coragem com que a alma nos governa,
Decidida a nos fazer seguir caminhos
As retinas que se agrandam no horizonte
Num aceno sem querer olhar pra trás...
Ficou um velho tempo me mirando na cancela,
E hoje volto, repisando o meu rastro
Cheiro de pasto, mesma cancela...
Tudo é silêncio, ninguém espera...
Num oh de casa, rancho tapera...
Rancho tapera, pois foi tarde voltar aqui...
O que faço com o abraço, que guardei pra ti...