A poeira negra do progresso
Tisnou os anseios que trago...
Carrego o brasão impresso,
Dos que adubaram o processo,
Nos repontes e tropeadas...
– Vejo meu sonho na estrada
...E assobio contra o vento
Cada copla desta toada!!!
Junto com um grito de eira,
Don Tingó faz o fiador...
Campeando mangueira e pouso
Dos dois lados do Uruguai...
– Quando a tarde se enfumaça
Estala um “reio” de braça
São muitas luas de tropa...
E a saudade que se ensopa
De verde e de descampado...
Justimiano – alma estradeira –
Cantando coplas pra o gado!
De “Garrucho” a Vacaria...
...Vai o velho Justimiano Carrapicho,
Num grito de “atorá” o dia!!!
Marca de casco e sereno...
...O mundo ficou pequeno:
Berrando a tropa se foi!!!
A tropa vai nas planuras,
Berrando triste e assoleada...
E Don Tingó – Carrapicho –
Se vai atrás de um cambicho,
De alma leve e perfumada!
Enquanto a tarde se some...
– E o missioneiro Carrapicho,
Também com alma de bicho,