Acorda mais já cai na fossa
Na vala da desordem mundial
Que não arreda e nem da lugar
O sangue que escorre dessa ferida histórica
Que faz da nossa dor dureza
O amor que não é servido na mesa
O Afeto que é engolido pela presa
E os espinhos que noiz deixa fazer morada
Meu terreno é livre eu quero e eu posso ser mar
Firmar minha terra é meta pra tu não pisar
Se pisar eu garanto que é furo bem no pé do peito
Meu corpo meu leito meu jeito meu feito
Patriarcado até sai do prive
Aí rola uns papos que noiz é fria demais
Que as manas pretas são duras, inflexíveis, violentas, vai vendo
Papo de quem não entende a herança violenta e dolorida que nos foi deixada
Mas ó, os espinhos que vocês plantaram na gente
eles estão bem preparados, afiados e mirados pra quando vocês chegarem