Nem de nagô, nem de kaxinawá
Nem de cristão, também não de alá
Porque quer ser dono da fé
Folha e cipó, rito de comunhão
Salve Alto Santo, A Barquinha
Que vem pra romper as fronteiras da visão
Na miração qualquer medo é em vão
Todo grito é perdão, todo dito é reflexão
A espada da liça, a balança que enguiça
És a parte omissa do olho “cego” da justiça
Tu és, da arma, o cão que dispara a bala
E depois torna a ser a mão
Na arma que dispara o cão
Dos seringais, hinos de louvação
Da arte de harmonizar e vibrar
Vibrar pelos povos da floresta
À memória de quem já partiu
Filha da Luz, Guerreiro da Paz
Chico Mendes, Dorothy Mae Stang
Raízes nas tantas anapus e xapuris